quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Bom, e aqui estou de novo.
To de molho sim, mas dou uma olhadinha por aqui.
E eu tenho que contar sobre meu dia de ontem.

(Aviso de antemão que o post é comprido, então não digam que eu não avisei.)

Acordei 5h da matina pra ir pro hospital, ja que tinha que internar 6h.
Saímos com o céu escuro ainda, e chegando lá, lembrei que tinha largado a carteirinha do plano em casa. Falei que ia voltar mas minha mãe não deixou. Ela veio buscar. E eu fiquei lá esperando. Um silêncio mortal. Aí chegou um cara pra internar também, fez os papéis, e nesse tempo minha mãe chegou. Aí foi a minha vez de fazer a ficha, e a moça pediu pra aguardar. Ouço ela cochichar alguma coisa com o porteiro sobre os quartos, e tal, e quando ela me chama pra assinar, me fala que como a maternidade tá em reforma, as mamães estão nos quartos da minha ala, e eu ia ter que esperar. Ótimo, não tinha quarto pra mim, e a cirurgia era às 9h, e se não arrumassem quarto, eu ia ter que ser preparada ali no corredor mesmo. Beleza.
Aí desocuparam um quarto, e me mandaram pra cima junto com uma senhora. O enfermeiro disse que se a gente quisesse, poderia deitar nas camas até alguem vir chamar. Eu sentei na poltrona do lado da cama pra ver TV, mas tava com tanto sono que domi ali mesmo. Acordei com a moça vindo medir a pressão e entregando aquelas camisolas sexy que você fica com a bunda de fora. Coloquei a minha, deitei na poltrona de novo e capotei. Dormi tanto que perdi a hora, e eles vieram com "O" comprimidinho azul (não era viagra) que você toma e apaga, e a moça disse pra eu sentar que ia sentir muito sono, e ela ja voltava com a maca. Fui no banheiro rapidinho né, porque do jeito que ela falou achei que eu ia dormir em pé mesmo. Sentei na poltrona e...nada. Não dormi mais. O enfermeiro trouxe a maca e quando me viu falou "Ainda não dormiu???" e eu "Não" e ele disse "Então sobe na maca."
Eu desci até o centro cirurgico conversando e falando que eu queria dormir, que não queria ver nada, só acordar à tarde e blá blá blá. Chegando la, me colocaram ali encostada na parede pra preparar a minha mesa, e eu olhando o quadro de cirurgias, e perguntando pro cara se não tinha alguma coisa mais forte. "Mas esse comprimido É forte. Mas a gente dá um jeito."
Aí veio o anestesista:
- Ué, cade o outro anestesista? (O que me consultou)
- Ele tá com outro paciente. Por que, não pode ser eu?
- (sem perceber eu ja tava grogue) Não, tá beleza.
Depois disso eu não lembro muita coisa. Só deles amarrando meu braço, eu tirando o braço de lá, o enfermeiro vendo e amarrando de novo, mais forte. E quando eu abri os olhos de novo, o médico olhou pra mim e falou "Pronto, acabou!" e eu, sem ver o foco da cara dele, falei "Já?". Pra mim pareciam 10 minutos, mas foi 1h e meia. Eu dormi de novo, e não vi que tinham me levado pra recuperação, e eu acordei viajando, num frio do inferno, e olhei pro lado, a sala cheia de gente, e pensei "Vão operar mais gente e não me tiraram daqui ainda??" Achei que ainda tava na sala de cirurgia. Mas eu só conseguia tremer e dizer que eu tava com frio. Depois disso me levaram pro quarto. E eu morrendo de frio ainda, coberta com edredon e batendo os dentes. E não sentindo as pernas. Me deixaram lá e levarama a mulher que tava lá. Apaguei. Acordei com meu pai me chamando que ja era hora da visita. Não lembro de muita coisa também, eu ainda tava dopada.
Murmurei alguma coisa com ele, e depois ele foi embora. E chegou a minha mãe. Como não tinha ninguem pra me visitar, ela ficou a tarde lá comigo, mas a maior parte do tempo eu dormi, e o restante eu tentava achar a minha bunda, porque as pernas eu ja sentia, mas a bunda não. Passou a tarde.

Mamãe foi embora e logo depois veio o médico. E eu perguntando como tinha sido. Eis que ele me fala:
- Olha, seu caso é pior do que a gente pensava.
- Não resolveu ainda, então??
- Não 100%.
Acontece que eu tenho um buraco no osso. E ele disse que normalmente quando isso acontece, o osso regenera com algum tipo de cartilagem, mas o meu ficou morto. E ficou um buraco. E ele NUNCA viu isso. E vai ter que estudar.meu.caso. O que conclui-se que futuramente vou operar outra vez. Isso é, se ele conseguir achar uma solução pro meu problema. Se o médico não sabe o que fazer, quem sabe, Ó Deus.
Mas vamos aguardar ansiosamente.
No mais, to me adaptando às muletas. Já caí uma vez, muleta prum lado e eu pro outro, ja desequilibrei, ja bati a muleta na perna operada. Vamos torce pra quando ele encontrar uma solução, eu ainda tenha pernas.

Respondendo:
Fê: Amiga, eu também viu, assim acaba logo com isso haha Valeu!
=*

Fabi: Nossa, se isso motivar ele tá ótimo!!! E eu to com bastante esperança!!
Obrigada!! =*

Fer: Brigada Fer, e olha, andar de muletas ninguem merece não viu...haha
=*

Li:  Ah, comportada eu fico, mas também saracoteio hahaha
=*

Nina: Obrigada pela torcida amigaa! Ai, não consigo parar quieta!!! hahaha
=*

6 comentários:

  1. Cara, eu desejo para que ele encontrei uma solução pra vc!

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  2. Vou te dar uma boa notícia (de verdade): médicos adoram casos raros. Minha mãe teve um problema maluco na perna e o médico virou em mil pra tentar descobrir uma solução, afinal, depois que ele resolver, pode transformar seu caso em case e em artigo e tudo o mais. Ou seja: esperança! Vai ficar tudo bem! Tô torcendo, viu? Beijos!

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  3. Haha, boa, Fabiane.
    Mas é verdade mesmo.

    Fique tranquila, tudo vai dar certo.

    =*

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  4. E andar de muletas é UÓ.

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  5. Que saga hein Lu!
    Agora vê se fica comportadinha pra sarar logo, não fica saracutiando por aí...rsrsrs
    Bjos

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  6. ô Pan, torço mt pra você, certeza que Dr. House aí vai descobrir seu problema e resolver tudo isso =)

    to torcendo aqui por ti. e FICA QUETA COM ESSAS MULETAS hahahah

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