terça-feira, 8 de setembro de 2015

Hoje eu sofri um pequeno efeito borboleta.
A minha cafeteira achou de bom tom morrer bem na hora de eu fazer o café.
Por consequência disso, tivemos que passar na padaria antes de vir pro trabalho pra comprar alguma coisa.
Que, por consequência, nos fez tomar uma puta chuva, obrigando Melengue a esperar aqui no escritório a chuva dar uma trégua.
Que, por consequência, fez Melengue chegar atrasado no trabalho.

Eita começo de semana maravilhoso!

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

O Casamento - Parte 3 (final)

Pro final eu deixei só algumas fotos da decoração do salão.


Assim ficou a mesa do bolo. As pétalas sobraram da florista. Deu pra minha mãe distribuir na igreja pro povo jogar na gente e jogar na mesa. Ali do lado, o vaso que a gente comprou, que hoje tá na minha casa. O bolo falso a gente alugou, a toalha de renda minha tia emprestou.


O cavalete do fotógrafo e a foto emoldurada (carregada no photoshop).


Meu bouquet lindo que enfeitou a mesa da minha cozinha até as rosas morrerem hahahaha


Detalhe das mesas. Tudo muito simples. O vasinho que minha tia fez, e o porta-guardanapo que minha mãe fez.


Meus potinhos de vidro e as velinhas que eu comprei.


As mesas da CPFL foram bem aproveitadas. Esse vaso nós também compramos e também tá na minha casa.


Docinhos que sobraram até uns 2 meses depois porque ninguém mais aguentava comer.


O baldinho era da Heineken, Mas a cerveja não era Heineken. Tinha 5 garrafas de whisky. Sobrou 3.


Detalhe do bolo cenográfico. De longe ele parece perfeito. Mas de perto tava bem detonado, tadinho.

E isso é tudo. Espero que tenham gostado e tido paciência de ler até o fim!


O Casamento - Parte 2

A festinha do noivado foi bem simples, em casa, com a oficina do meu pai como decoração. Chamei só avós e tias por parte de pai e mãe e primos que não eram casados. Ou seja, deu umas 20 pessoas e só. Melengue tava tão afoito no dia, não sei se de felicidade ou desespero, que quando todo mundo chegou em casa ele já tava bêbado. No mais tudo correu tranquilo.

E voltamos à correria. Fomos atrás do vestido. Minha mãe juntou moedas. Sim, queridos, ela disse que ia juntar pra comprar meu vestido, e veio juntando por 2 anos e conseguiu um total de R$ 800. Conseguimos um vestido por R$ 500 de uma moça que fazia pra alugar, resolveu que queria renovar os figurinos e vendeu tudo. Saiu por um preço ótimo um vestido lindo que só tinha sido usado uma vez e em outra cidade. Ou seja, aqui ele foi exclusivo meu.

Fomos ver a música pra cantar na igreja. A moça queria arrancar nosso fígado. Quase caí das pernas e já tava pensando em levar o notebook com uma seleção de músicas, quando indicaram um casal pra cantar que cobrava 10% do que a moça queria cobrar e cantavam muito melhor do que ela. Acertamos o fotógrafo também. Não ficou baratinho, mas compensou porque o álbum era ma-ra-vi-lho-so. E ainda ganhamos um poster, emolduramos e ele emprestou o cavalete pra deixar do lado da mesa do bolo.

Teve o curso de noivos. Eu tava me cagando de medo. Sei lá o que eu achei que seria, mas não foi nada de mais. Claro, igreja, religião, toda aquela baboseira que eu não tenho muito saco, sempre sobre submissão e quanto o sexo antes do casamento é condenado. Arranco um dedo se tinha algum casal naquele salão que vivia um ~namoro santo~, como diz minha sogra. Não tenho paciência pra igreja em geral. Acredito em Deus e até vou à missa porque eu gosto. Mas é só. Eu não participo de nada da igreja e nem quero me prender a isso. De responsabilidade já basta meu trabalho e minha casa.

As daminhas eu já tinha definido há tempos. Seria uma priminha do Melengue, e uma prima minha. Como a minha prima cresceu, então era melhor ela levar as alianças, e a prima do Melengue queria ser florista, então fiquei sem daminhas. Quando entregamos os convites de um dos primos do Melengue, ele disse que a filha dele queria muito ser daminha, e ela nunca tinha sido, então colocamos ela junto com o filho de outro primo dele.

Então fomos atrás da música. Inicialmente seria um DJ, filho de uma amiga da minha mãe. Mas acho que ele não tava muito afim e não tinha coragem de dizer, porque dava tanto balão e desculpa que me estressou e eu falei que não precisava mais. Por fim contratamos uma banda de um amigo do tio do Melengue que tocava de tudo, o que acabou ficando muito melhor, pois o pessoal dançou pra caralho.

Entre uma correria e outra, a lista de convidados aumentou. Claro, porque sempre tem alguém pra meter o nariz e convidar gente por conta própria. E em uma festa de aniversário dos parentes dele, voltou o assunto da amiga da prima. Ô diacho. Achavam que eu deveria convidar porque ela conhecia ele desde que ele era criança. Conhecia porque é amiga da prima e automaticamente frequentavam ambientes em comum. SÓ. Ele não tem amizade com ela. E outra, queriam que a gente chamasse só porque ela tinha levado um pé na bunda da namorada e tava solitária. Eu não tenho nada com isso, né? O mais engraçado foi eu levantar pra ir ao banheiro e elas reclamarem pra ele do que eu tinha dito. Quando eu voltei, ele disse "Ces resolvam com ela porque eu não tô mais responsável por isso." Ninguém abriu mais a boca e o assuntou encerrou. FUCK YEAH.

Toda a parte de mesas e cadeiras ficou por conta do Melengue. Minha tia deu a dica de colocar a superfície redonda nas mesas para caber mais gente, e consequentemente alugar menos mesas, o que deu muito certo, senão não iria caber ninguém. Contratamos garçons para servir nas mesas, e o bom é que sempre era alguém que conhecia alguém, então acabava ficando mais barato. Ele ficou responsável pelas bebidas e comidas também. Uma tia dele disse que a parte de batatinhas e berinjelas ela daria de presente. Meu pai disse que daria a carne. Minha mãe deu os docinhos e minha sogra, o bolo. Os brigadeiros e beijinhos foram a única coisa gourmet do casamento todo.

Fui com a minha mãe pra alugar os enfeites. Tudo simples e coisas baratas. Escolhemos as toalhas e o pano que fica atrás da mesa. O vaso da mesa do bolo nós compramos. Como tinham mesas grandes no salão, nós nem precisamos alugar a mesa do bolo. Eu comprei os pratinhos, guardanapos, toda essa parafernalha da comida graças ao santo PIS que caiu na época certa. Deu pra comprar tudo e sobrou dinheiro, que juntamos ao que sobrou do vestido e ajeitamos em outras coisas. Eu comprei velinhas flutuantes, e como eu tinha dois potes de vidro em casa, coloquei na mesa também pra dar um ar romântico.

Os primos do Melengue, meu tio e meu pai deram garrafas de whisky e o primo dele emprestou um balde de gelo. Muita gente deu presentes em dinheiro, o que ajudou MUITO porque deu pra pagar todas as despesas do casamento e ainda sobrou pra comprar algumas coisas que faltavam na casa. O restante dos presentes deu pra deixar a casa arrumadinha e simples. Finalmente tudo tava se ajeitando e eu tava ficando feliz e aliviada.

Aí tivemos outro dilema. Chá de cozinha ou chá bar. Eu fiz ele me prometer que não teria despedida de solteiro, assim como eu não teria também. Sou neurótica, MIM DEIXA. Então resolvemos fazer uma mistura de chá de cozinha com chá bar com despedida. Mas nada parecido com nenhum dos 3. Tá, só o chá de cozinha. Enfim, foi na minha casa nova mesmo. As mulheres na frente no chá de cozinha e os homens no fundo do quintal fazendo churrasco. Assim todo mundo conhecia a casa. (eu disse que não faria nada conforme o figurino e cumpri hahaha).

E assim foi chegando o dia. Na semana do casamento deixei a depilação em ordem, fiz uma limpezinha de pele e ajeitei mais uns detalhes do casamento. Minha tia fez vasinhos pra colocar nas mesas que ficou uma fofura. Na véspera chegou um tio do Melengue de fora, irmão da mãe dele, eles não se viam há muito tempo e eu nunca tinha visto. Logo, foi uma festa, quiseram comemorar, então juntou todo mundo na casa da mãe dele, eu conheci todo mundo, e bebemos até 1h da manhã. Como tava todo mundo bêbado, inclusive Melengue, ele não teve condições de me levar pra casa, então dormimos em casa, que era mais perto (coisa que a mãe dele nem sonha, porque a gente tinha se confessado na semana e era terminantemente proibido dormir juntos até o casamento, e blá blá blá ti ti ti nhem nhem nhem)

E assim chegou o grande dia.

Dia da noiva de noivas normais: massagem, banho de beleza com sais minerais e rosas, roupão felpudo, champanhe, making off, maquiagem,  depilação, unhas, cabelo, limusine, igreja.

Meu dia da noiva: ressaca, levanta cedo pra arrumar salão, puta dor de cabeça, sono, come pão com mortadela pra não desmaiar porque almoçar hoje é luxo, busca docinho, vou apagar, vou apagar, joga água na cara, vai na floricultura pegar as pétalas de rosas da florista, vai em casa fazer a unha, deita meia hora pra descansar em posição de múmia pra não estragar a unha, levanta, toma banho, vai pra cabeleireira pra se arrumar, faz uma maquiagem que esconda essas olheiras imensas e essa cara de acabada, corre pra igreja.

Cheguei pra pegar os docinhos e a moça da doceria "QQ ce tá fazendo aqui???" e eu falei "Aqui não tem dia da noiva não, fia". Enquanto eu fazia os corre, ficou meu irmão, minhas tias e Melengue terminando de arrumar o salão, então eu só vi como ficou de fato quando eu cheguei pra festa. Meu tio me buscou no salão pra me levar pra igreja, e véi, que coisa doida quando eu fui chegando e vendo aquele monte de gente pra fora. Me esperando. Sabe quando parece que você tá em um mundo paralelo? Tipo, sou eu que tô casando mesmo? O coração começou a pular, começou a dar tremedeira e um puta medo de tropeçar e cair na porta. Achei que eu ia chorar e derreter toda a maquiagem, mas eu segurei firme. Cara, é uma emoção gigante entrar e ver a cara de todo mundo sorrindo pra você.

A festa foi uma delícia. Todo o estresse valeu a pena. Mesmo passando tão rápido. Todo mundo gostou (ou todo mundo mente bem hahaha) e eu agradeci Melengue por ter insistido nisso. E por ter aguentado meus surtos quando eu queria desistir porque achava que não ia dar nada certo. As últimas pessoas foram embora 5:30 da manhã, então nós dois desmontamos e guardamos tudo pra voltar no outro dia apenas para limpar. Tomamos a última cerveja da noite e fomos embora 6:30 da manhã.

Continua...

O Casamento - Parte 1

Finalmente o post do casamento. Como ficou mais comprido do que eu pensava, vai ser em partes. Não está tudo na cronologia exata porque quase um ano depois fica meio difícil lembrar a ordem certa dos fatos. Divirtam-se (ou não).

Bom, tudo começou na festa de aniversário da cidade, em julho de 2014.

Nota: até aí eu já tinha me conformado que só ia sair casamento em 2015 ou Deus sabe quando, já que a gente tava correndo com a reforma da casa e com o orçamento bem apertado com a parcela da casa e a parcela do financiamento para a reforma. Enfim.

Estávamos conversando amenidades, quando Melengue disse "O que você acha da gente casar esse ano?" e eu fiquei meio "Q? BEBEU PINGA? COM QUE DINHEIRO? VENDENDO O CORPINHO?" e ele disse que dava certo porque a reforma tava terminando, e se a gente marcasse pra dezembro, daria tempo. Mas o problema não era tempo. Era o dinheiro. E ele disse "Relaxa que vai dar certo", e começamos a contar pro pessoal aos pouquinhos e planejar as coisas.

Então chegamos ao primeiro impasse logo de cara. Eu não queria festa, ele queria. Eu não queria gastar um dinheiro que eu não tinha e entrar em dívidas além das que eu já tinha. Mas as pessoas não estão nem aí se você vai se foder ou não. Elas querem festa pra beber e comer às suas custas. Outro problema era a lista de convidados. A minha família é enorme, então é claro que eu não ia chamar todo mundo. Ficou muita gente que eu gosto de fora. E eu deixei de chamar pessoas para chamar outras que nem foram. A mãe do Melengue queria chamar até parente de longe. E a rua inteira da casa dela. E amiga da prima que a gente nem tem amizade. É nessa hora que você realmente sabe se quer ou não casar com essa pessoa. Porque até o amor é posto à prova. Nós brigávamos todo dia, mas tanto, tanto, que por muito pouco a gente não terminou.

Eu admiro muito o otimismo do Melengue. Porque eu sempre espero o pior de tudo. Mas nesse caso, não tinha como esperar só o melhor. Nesse caso o otimismo dele me irritava. A cada "relaxa" dele eu tinha vontade de enfiar meu braço na boca até o cotovelo. A gente não tinha reserva nenhuma, tudo tava indo na casa e se tem uma coisa que eu tenho pavor, é fazer as coisas pela metade ou mal feitas e as pessoas ainda saírem falando mal.

Mas ele tava tão empolgado e eu vi que ele queria tanto isso que eu acabei cedendo e entrando no embalo e vamo fazer essa porra dar certo. E comecei a revirar sites de casamentos, anotar detalhes, tudo. Claro que a maioria dos sites falam sobre o tradicional festa glamurosa/buffet de comida infinita/brindes e lembrancinhas firulentos e o meu não ia ter nada disso. Mas sempre dá pra tirar alguma ideia legal.

Nós decidimos que seria à moda antiga. Nada de buffet/cerimonial/ostentação. Mas sim batatinhas e berinjelas curtidas, pão e churrasco, que é uma alternativa muito mais barata, que permite fazer uma quantidade maior para o povo se entupir de comer e não sair com fome. Outro pavor meu. Imagina gente saindo e combinando de ir no podrão da marginal? Luciana infarta. Eu fiquei responsável pela decoração, que obviamente, seria simples.

Como a família dele é bem religiosa (leia-se fanática), claro que eu teria que casar na igreja. E isso inclui custos de igreja (que são caros somados aos do cartório), curso de noivos, confissão e entrevista com o padre (!). Eu decidi que não ia decorar igreja, o que gerou um NUOOOOOSSSA MAS POR QUÊ? e eu disse que eu preferia o visual natural simples da igreja, que já era bonito, e que eu não ia gastar com isso. Alguém se ofereceu pra ajudar? NÃO.

Fomos atrás das alianças. Outra coisa que putaquemepariu que caro. Um pedacico de metal dourado por um preço absurdo. Então a gente foi adiando e fazendo outras coisas, tipo, definir de vez a lista de convidados. Depois de muita discussão, fechamos a lista (ou pelo menos foi o que eu achei). 120 pessoas. Rolou um estresse porque tinha o pessoal do escritório. Queriam que eu chamasse todo mundo pra festa também, mas era muita gente e não tinha como. Até porque muito mais do que isso não caberia no salão. Então, eu optei por chamar o pessoal apenas para a igreja e expliquei a situação, e o Melengue chamou apenas 3 amigos do trabalho. A CPFL cede o salão de festas para os funcionários de graça, então era uma coisa a menos pra se preocupar. Mandamos fazer os convites. Optamos por um modelo bem simples.

As lembrancinhas eu decidi que iria fazer. Me arrisquei, claro, porque tinha pouco tempo. Virei a internet procurando coisas fáceis e com baixo custo. Sempre achei fofos aqueles potinhos com amêndoas confeitadas, e resolvi que seria isso. A minha mãe me ajudou muito, ela correu atrás de muita coisa enquanto eu trabalhava, e se não fosse ela eu teria enlouquecido. Nós compramos caixinhas de madeira a R$ 1 cada, tinta branca e fitas vermelhas. Eu pesquisei as amêndoas na internet e achei em uma cidade aqui perto, por um preço bom. Não necessariamente baratíssimo, mas não dá pra ter tudo né, e o conjunto da obra ainda ficou mais barato do que mandar fazer. Elas ficaram assim:

Letrinha maravilhosa da mamai
Pra dar um charminho a mais, eu fiz um cartãozinho pra ficar dentro da caixinha, como uma "surpresinha", que ficou assim:

euquefiz.jpg


Os convites ficaram prontos, então começamos a entregar. Não teve convite diferente pra padrinhos. A gente já tinha definido quem seriam, então só perguntávamos se eles gostariam na hora da entrega mesmo.

Nota²: eu não me liguei em nada dessas coisas de etiquetas e tradições de casamentos. Foi tudo bem natural no meu ritmo, sem regras nem nada porque eu detesto a coisa toda feita de modo mecânico. Então eu fui fazendo do jeito que eu achei que deveria ser. Se tava errado ou não, o importante é que no final deu tudo certo (OLHA O SPOILER!).

Quando entregamos os convites na minha tia por parte de mãe, conversando sobre os detalhes, comentamos, entre outras coisas, sobre as alianças, que ainda não tínhamos comprado. Então ganhamos nosso primeiro presente de casamento. As alianças. Meu tio disse que daria de presente e que queria uma festinha de noivado.

Continua...