terça-feira, 2 de agosto de 2016

Em abril os meninos da obra fizeram a compra de um material que veio errado, então fizeram a troca dele. Como já tinha gerado nota e boleto na primeira compra, e gerou tudo de novo quando trocou, avisei o fornecedor que eu precisaria de uma devolução da primeira nota ou carta de quitação e uma baixa do boleto dela. Cobrei isso por uma semana, todos os dias.
Como eu tinha mais o que fazer e a obrigação de consertar a cagada era deles, obviamente eu acabei esquecendo disso e passou. Quando foi fechar o imposto trimestral, a nota apareceu de novo e eu já nem lembrava o que era. Olhei os arquivos e lá fui eu cobrar de novo, ao que ela disse que tinha feito a nota naquela época, mas que como já tinha passado, ela precisava de um tempo para  procurar. Eu cobrei isso por 3 semanas, todos os dias.
Segunda feira veio um e-mail de cobrança. Do mesmo fornecedor. Um boleto vencido. De abril. ADIVINHA DE QUAL NOTA.
Pensa num sangue nozóio. Minha vontade era ligar lá e perguntar se tinha alguma paliassa aqui, porque não é possibru, minha gente. Mas mandei apenas todos os e-mails que eu tinha enviado antes cobrando a caralha da nota, e aí a lazarenta respondeu dizendo "Você pode me mandar a nota escaneada pra eu lembrar dela?". Mandei em seguida e, claro, só tive resposta à tarde com um  "Entendo, você teria a copia dessa nota( devolução) por favor.". Sentido non ecziste.
Respondi especificando DE NOVO tudo que eu quero e mandei com cópia pra Deus e o mundo e estou aguardando desde então. Fiquem ligadinhos.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

* Cliente deposita o pagamento. Liga para o escritório e deixa recado para o patrão ligar pra ele. Aí o gerente do banco liga para o patrão avisando que caiu o crédito na conta. Qq patrão faz? Me liga, me pede para mandar o recibo por e-mail para o cliente, LIGAR para o cliente avisando, ligar de volta pra ele pra avisar que eu liguei para o cliente, para enfim ele ligar para o cliente. Aí eu vou pedir o telefone do cliente para a moça das vendas e ela fica querendo saber toda a história porque no mínimo ela tá pensando que eu quero vender alguma coisa pra ele e atravessar o caminho dela.

* Tem gente na sala do outro patrão. Ele me liga pra fazer café, mas eu tô no telefone com o cliente do depósito acima, então ele pede pra moça das vendas fazer. Eu termino a ligação e falo pra ela deixar que eu faço, já que normalmente sou eu que faço e ela não sabe nem a quantidade de pó que usa. Ela me olha como se eu dissesse que ela é incapaz, então eu largo mão e volto pra minha sala. QQ A FIA FAZ? Vem me perguntar se eu posso levar o café na sala. Eu digo que não, que tô ocupada. Ela volta pra cozinha e fica me chamando perguntando como arruma as coisas na bandeja. Por que diabo não me deixou fazer o café se é pra ficar perguntando?

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Quando eu era criança, minha mãe me levava pra escola a pé, com meu irmão pequeno no carrinho.
Eram uns 10 quarteirões, eu com 6 anos e pernas curtas andando o que parecia 20 km pra mim.
Eis que um dia, voltando pra casa à tarde, vi uma moto parada em uma casa na esquina da faculdade, em cima da calçada e disse pra minha mãe que era a moto do meu pai. Ela disse que não, que tinham várias motos iguais e que aquela não era a dele.
Quando chegamos em casa, ficamos sabendo que ele tinha caído naquele cruzamento, pois estava chovendo, e que estava no hospital. Aquela era sim a moto dele.
Lembro que ele ficou um bom tempo com a perna engessada, e que pra mim aquilo era coisa de outro mundo.
Engraçado como a gente não esquece essas coisas, mesmo tendo acontecido há tanto tempo.
Muito tempo passou, obviamente, e por mais que eu passe pelo mesmo cruzamento todo santo dia, nunca, repito, NUNCA prestei atenção se aquela casa ainda estava lá. Quer dizer, eu sei que na outra esquina tem uma vidraçaria, na diagonal tem um restaurante, e a faculdade continua lá, mas eu nunca mais reparei na casa.
Hoje eu lembrei disso quando vinha pro trabalho, e resolvi que ia tentar prestar atenção (o que é quase impossível, já que eu me distraio fácil e corria o risco de passar sem ver de novo), e não é que ela tá lá ainda? De mesmo jeitinho, uma casa antiga, uma varandinha e portão pequeno, a mesma calçada onde ficou a moto do meu pai, em um cruzamento que mudou totalmente nos últimos 24 anos.
Por momentos como esse é que eu vejo como nós deixamos de prestar atenção em tantas coisas porque vivemos correndo. O dia voa, a gente voa e deixa de apreciar tudo que acontece no meio disso. Não que eu consiga mudar isso de uma hora pra outra, é impossível. Mas já fiquei feliz por ter tido esse milésimo de segundo pra ver aquela casa de novo. E talvez de agora pra frente eu vá lembrar dela todos os dias.
Moral do post? Não tem. Foi só uma divagação. 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

E então o ano começou.
E eu não tenho nada pra dizer.
Só que eu tô cansada, desanimada do meu trabalho, de mim, de tudo. De vontade de catar as trouxa tudo e sumir pra algum lugar onde eu possa dormir bastante.